Aluguel ou financiamento: qual escolher?
Escolher um imóvel implica em decidir de que forma adquiri-lo. Através de aluguel ou financiamento?
Esse tipo de dúvida evidencia o despreparo da grande maioria das pessoas em escolher a melhor opção, conforme a sua situação de vida e financeira atual.
Existem vários casos em que o aluguel é uma opção mais rentável do financiamento. Ou seja, contrariando inúmeros conselhos que são senso comum.
Os principais pontos antes de tomar essa decisão é entender qual é o seu momento de vida. O que você pretende com o imóvel (gerar patrimônio ou ter rentabilidade) e qual é o seu perfil.
Logo, uma decisão como esta, implica em colocar tudo na ponta do lápis, considerando as vantagens de cada um.
Ter um parecer como este não é fácil. Porém, nós estamos aqui para te ajudar nesse momento.
Neste post explicaremos alguns pontos para você saber qual das duas opções, aluguel ou financiamento, é a que mais se adapta a você. Confira!
O que considerar na hora de optar por um aluguel ou financiamento?
Diversos fatores entram em jogo quando falamos em encontrar um imóvel ideal. Eles vão desde o aspecto financeiro até detalhes como a localização, espaço útil, entre outros.
Entretanto, é importante estar bem claro qual é a sua intenção e o seu objetivo ao adquirir esse imóvel. Antes de decidir pela entrada em um financiamento imobiliário ou a assinatura de um contrato de aluguel.
O que você realmente quer?
Mesmo que você tenha dinheiro para investir em um apartamento, pare e pense. Se a sua vida ainda não está muito acertada, pode ser interessante optar por um aluguel em vez de um financiamento.
Isso porque o aluguel lhe oferece a mobilidade, seja ela de: troca de cidade, bairro ou para um imóvel maior ou menor. Além disso, você pode fazer novas avaliações do preço do custo de vida no entorno e até reconsiderações de vizinhança.
Já a compra de um imóvel é uma dívida que se adquire por, no mínimo, uma década. Ela coloca algumas amarras maiores, em termos de localização e orçamento.
Uma vez que você está em um momento mais sólido, pode ser interessante buscar a opção por algo mais permanente.
Isso é ótimo ara não ficar a mercê de reajustes de aluguel e mexer na estrutura e decoração da sua casa como bem entender.
Quanto de entrada você teria para oferecer?
Se o valor que você tem de entrada ainda é muito baixo, pode não ser interessante buscar um financiamento imobiliário.
Existem dois grandes motivos para isso: os bancos, em geral, financiam no máximo 80% do valor de um imóvel, a uma taxa média de juros de 9 a 12% ao ano.
Isso significa que, em um apartamento de R$ 300 mil, seriam necessários ao menos R$ 60 mil para dar de entrada. Muitas vezes, você pode pagar três vezes o valor inicial do imóvel — dois deles só de juros.
Além disso, uma entrada muito pequena pode significar juros mais altos e períodos de pagamento mais longos — o que faz com que você perca dinheiro.
Se investidos, possivelmente a médio prazo, você poderia ter uma rentabilidade maior e comprar um imóvel com mais calma e mais barato em um segundo momento.
Aluguel
O aluguel permite ter mais autonomia. Ele se presenta como uma solução perfeita para os períodos de crise financeira onde é necessário diminuir as despesas.
Em casos como este, basta trocar para um imóvel com um aluguel mais baixo. Veja a seguir outras vantagens:
- Alugar um imóvel oferece uma facilidade maior para você mudar de endereço ou imóvel sem estar ''preso'' a uma única opção;
- Para ir embora e encerrar o contrato, basta você acertar os ponteiros e valores com o locatário e seus problemas estarão resolvidos;
- O valor a ser desembolsado é menor do que em um financiamento;
- Tanto o preço do aluguel quanto o tempo de contrato podem ser facilmente negociados entre o inquilino e o locatário.
Por outro lado, uma pessoa que opta por alugar precisa ter em mente que o dinheiro que ela economiza pode ter como destino outro investimento lucrativo.São muitas as opções e possibilidades para investir esse dinheiro:
- Títulos do Tesouro Direto;
- Certificado de Depósito Bancário (CDB);
- Letras de Crédito Imobiliário (LCI);
- Bolsa de Valores,
- Ou, ainda, abrindo um negócio.
Entrar em contato com algum especialista ou empresa de investimentos pode ajudar bastante. Isso é interessante, também, para que você lucre com os investimentos feitos e não perca dinheiro.
Financiamento
A opção de financiar um imóvel é a mais recomendada para quem deseja adquirir logo um patrimônio. A liberdade de poder reformar algo que já é seu, uma valorização de longo prazo e tarifas fixas.
Além disso, influencia a favor da opção pelo financiamento o poder de escolher o imóvel em um bairro ou lugar que é de seu interesse. Por exemplo, numa área nobre ou que tem grande chances de se valorizar com o tempo.
Há que se considerar o lado emocional. Afinal, muitos sonham em adquirir a sua casa própria.
O financiamento também é ideal para quem já tem um bom dinheiro guardado para dar de entrada. É também interessante para quem financia seu imóvel por meio de programas populares e a juros baixos, como o Minha Casa Minha Vida, da Caixa.
Afinal, qual é o melhor investimento?
Por fim, é chegado o momento para tratarmos exclusivamente de cifras e dos aspectos financeiros de cada um dos modelos, aluguel ou financiamento.
Economistas frequentemente vão à contramão do dito popular. Muitos costumam recomendar o aluguel de imóveis por se tratar de uma opção que fará o seu dinheiro render mais.
Isso porque, dependendo da taxa de aluguel do seu imóvel, ele pode render mais do que a valorização média de 6% ao ano dos imóveis. Pode, também, cobrir o pagamento do seu aluguel mensal.
Para descobrir qual é o mais vantajoso financeiramente, é importante avaliar os dados em dois cenários diferentes:
Tenho dinheiro para o pagamento à vista de um imóvel
Nesse caso, descubra qual é a taxa de aluguel de um imóvel semelhante. Ela é calculada por meio da divisão do valor do aluguel, pelo valor do imóvel e multiplicado por 100.
Se essa taxa for maior do que o rendimento de aplicações mais conservadoras, como o Tesouro Selic (em torno 13%), o CDB (10 a 15%, em média) ou a própria poupança (próximo de 8%), comprar é mais rentável.
Isso porque, se você aplicar esse mesmo valor em uma das opções acima, você fará mais dinheiro.
Tenho o valor apenas para uma entrada pequena
Nesse caso, compara-se à taxa de aluguel e o Custo Efetivo Total do Financiamento (CETF). Esse último valor os bancos e agentes de crédito são obrigados a lhe informar.
Fique atento ao CETF. Se ele for maior do que a taxa de aluguel, vale mais a pena investir o dinheiro por um tempo e só mais tarde comprar o imóvel a prazos e juros menores.
A escolha precisa estar pautada segundo o que você estabelecer como prioridade, emocional, racional ou financeira.
Porém, se estivermos falando de um jovem casal, as alternativas mais interessantes, que correspondem a sua realidade.
Por exemplo, seria optar por um financiamento a juros mais baixos pelo Minha Casa Minha Vida ou pelo aluguel. Assim, sobraria dinheiro para eles destinarem a investimentos que fizessem o seu dinheiro render a médio e longo prazo.