Mercado Imobiliário
4 min leitura.

Como a Selic impacta o mercado imobiliário?

Publicado em
12/8/2021

Se você está lendo esse texto é bem provável que tenha interesse (e preocupação, isso é compreensível) em saber se o fato de a Selic ter aumentado afetará o seu sonho da casa própria ou das suas opções de investimento, certo?

Já adiantamos que, apesar de a mudança ser relevante, o mercado imobiliário está aquecido e a projeção é bastante positiva. Depois de vários meses seguidos mantendo as taxas mais baixas da história, em maio deste ano a Selic começou a dar alguns saltos, atingindo o percentual atual de 5,25% ao ano.

Mas o que isso significa para o mercado? Uma alta nos juros nos financiamentos? Dificuldade nas condições gerais para as negociações? Saiba que em junho de 2021 atingimos, basicamente, o mesmo percentual de março de 2020, mês da vinda da pandemia de covid-19.

Por isso, apesar da alta recente, não alcançamos algo que já não tivéssemos visto há pouco tempo e, como você vê, o mercado continua com bons números em vendas e locações. Continue a leitura e entenda os desdobramentos desse cenário.

O que é a Selic e como ela impacta a economia de modo geral?

A Selic é a taxa básica de juros da economia e serve de parâmetro para regular todas as taxas de juros praticadas no Brasil. Tenha em mente que, ainda que os segmentos também pratiquem percentuais e indicadores individuais, utilizam a Selic como valor de referência principal.

Sendo assim, os juros de contratos de financiamentos com instituições financeiras devem seguir como base o percentual praticado pela taxa básica de juros. Mas, isso não quer dizer que o sobe e desce da Selic deva, necessariamente, provocar uma variação em todas as outras taxas diretamente.

Como o mercado imobiliário é influenciado?

O aumento das taxas de juros de cada setor também é influenciado por diversos outros fatores que vão além da Selic, como a demanda e a oferta atual do segmento. Por isso, especialistas informam que a alta não impactará o mercado. Entenda alguns dos motivos.

  • A relação do tempo x taxa: o percentual de aumento da Selic é bem pequeno se comparado com as taxas vistas em 2015 e 2016, por exemplo, cujo índice já chegou a 14,25%. E, mesmo com a elevação atual, o setor ainda tem margem para manter as taxas atuais, pois o mercado está aquecido, sem necessidade de grandes mudanças no momento.
  • Nem sempre uma “alta” representa, de fato, aumento nos preços: para você entender que nem sempre a elevação da taxa básica de juros é tão impactante assim para os consumidores, apresentamos o exemplo da maior agente de financiamentos do mercado imobiliário, a Caixa Econômica Federal.

Mesmo com a previsão de aumento da Selic (e posterior concretização), a Caixa decidiu por não subir os juros do financiamento imobiliário. A decisão foi tomada a partir de um desdobramento do que explicamos anteriormente: o percentual de juros desse tipo de negociação deve crescer à medida que a curva de juros do mercado cresce.

Sendo assim, considerar o aumento da taxa da Selic — que é composta para proporção de curto prazo, já que ela é revista a cada 45 dias —, um motivo para elevar os juros do financiamento imobiliário não seria algo coerente a ser feito de imediato.

Por isso, a instituição decidiu pelo aumento proporcional, com o passar do tempo de contrato do cliente. Prova disso é que o número de pessoas que optou por um financiamento imobiliário bateu recorde no início de 2021 e tem projeção de crescimento superior a 30% em relação a 2020.

Percebeu como nem sempre a alta da Selic impacta negativamente o mercado imobiliário ou representa aumento no valor da venda e do aluguel? O setor é composto por diversos fatores que se complementam e precisam estar alinhados com as demandas atuais. Por isso, este é um bom momento para você investir em imóveis e aproveitar a boa fase!

Assine nossa newsletter
Ao se inscrever, você concorda com nossa Política de Privacidade.
Obrigado por se inscrever!
Oops! alguma coisa deu errado, tente novamente.
Compartilhe: