O que é e como funciona o consórcio imobiliário?
Você sonha com a casa própria? Se a resposta for afirmativa, saiba que é preciso ter bastante planejamento para realizar essa conquista. Como o valor necessário é elevado, o comum é recorrer a diferentes meios de pagamento. Dentre os mais famosos, estão o financiamento e o consórcio imobiliário.
As duas possibilidades trazem vantagens e desvantagens, portanto, devem ser bem estudadas. Hoje, vamos apresentar o máximo de informações sobre consórcio imobiliário.
Quer entender melhor como ele funciona? Continue a leitura!
O que é o consórcio imobiliário?
O consórcio é uma espécie de “compra coletiva”.
Ele se baseia na formação de grupos, em que cada integrante quer adquirir um bem de valor equivalente ao dos outros. No caso imobiliário, todos buscam comprar ou reformar um imóvel. No entanto, para que isso seja possível, há a cobrança de mensalidades.
O consórcio imobiliário é um plano em que a pessoa consegue seu imóvel apenas a longo prazo e o recebimento do imóvel fica condicionado à quantidade de parcelas quitadas. Por outro lado, o comprador pode contar com a sorte.
Como funciona?
Uma vez inseridos no consórcio, os integrantes participam periodicamente de encontros, ou reuniões. Em cada encontro ocorre um sorteio em que algumas pessoas são contempladas com o adiantamento do imóvel.
Porém, apenas pode participar quem estiver com o pagamento das mensalidades em dia. Por isso, é bom ficar de olho! Quem for selecionado recebe o direito de usar a carta de crédito, sendo o valor da transação.
Imagine um grupo de consórcio com carta de crédito de R$ 200 mil. Uma pessoa é sorteada no sexto mês e, a partir desse momento, pode utilizar esse montante conforme o contrato. Com isso, seleciona a casa que deseja comprar e informa à empresa, que realiza a aquisição.
Além disso, é importante salientar que os sorteios não são as únicas possibilidades de se obter a carta de crédito. O comprador pode oferecer lances, que funcionam como “adiantamentos” do valor a ser pago.
Eles são de três tipos:
- livre: cada participante disponibiliza o montante que for confortável e o maior é contemplado;
- fixo: estipulado pela administradora, representa um percentual de 20 a 30% da carta de crédito. Todos os que derem esse montante participam de um sorteio à parte;
- embutido: pago com um desconto da carta de crédito. Está disponível para todos os participantes, mas leva a um recebimento menor no final.
Assim, é uma ótima opção dar lances quando tem dinheiro guardado. A entrada de um financiamento, por exemplo, pode ser oferecida como lance no consórcio para antecipar a contemplação.
Todo o processo é conduzido por uma administradora, responsável por formar os grupos, estabelecer as regras e fazer os sorteios. No caso do consórcio Caixa, por exemplo, o banco é quem administra os grupos.
Além disso, para participar do consórcio imobiliário não é necessário pagar uma cota de entrada. Inclusive, não há juros no crédito contratado.
Atenção às taxas cobradas!
Apesar de não ser necessário dar entrada e não existirem juros, é preciso estar ciente que há outras taxas que podem ser cobradas, para resguardo da administradora. Elas incidem sobre a parcela, então é indispensável ficar de olho.
Veja quais são as principais:
- taxa de administração: é a remuneração da administradora por realizar o consórcio, cobrada sobre o valor completo da carta de crédito;
- fundo comum: como é responsável por formar o “caixa” do grupo, é o maior da prestação. Ele é calculado com base nas cartas de crédito, na quantidade de participantes e no tempo de duração do grupo;
- fundo de reserva: serve como uma proteção extra — principalmente, contra a inadimplência. Ele tem um valor fixo, é dividido pelo total de parcelas e representa uma pequena porção do que é pago;
- seguros: a taxa é voltada para a contratação de apólices de proteção. As mais comuns incluem o pagamento em caso de inadimplência, de falecimento ou de desemprego.
Vale a pena contar com a sorte?
Os consórcios duram, em média, 10 anos. Ao contar apenas com a sorte, você pode ser contemplado logo no primeiro mês ou somente no último. Sem dar lances, pode ser que tenha que pagar anos antes de receber o imóvel.
Além disso, se você mora de aluguel, o valor do consórcio se soma a esse custo — e pode pesar no orçamento. Para quem mora em uma casa de favor ou da qual precisa se mudar rapidamente, também é um problema. Afinal, não dá para prever quando a contemplação vai acontecer.
Por isso, é importante ter uma boa estratégia de lances, de modo a antecipar o uso do valor.
Quais são as vantagens de um consórcio imobiliário?
Um dos principais benefícios dessa alternativa é que ela não conta juros e pode sair mais em conta que um financiamento, por exemplo. Além disso, há outros aspectos que merecem destaque. Por isso, veja quais são as vantagens do consórcio!
É uma forma de poupar dinheiro
Quem não tem muito controle financeiro vê, nessa opção, uma chance de guardar. Com essa “poupança” coletiva, é fácil juntar o necessário para quitar o valor da casa própria.
A contemplação pode ser rápida
Como dissemos, talvez você seja sorteado logo de cara. Então, pode negociar a compra sem precisar esperar tanto.
A carta de crédito melhora a negociação
Com a contemplação, é possível adquirir um imóvel à vista. Isso aumenta o poder de negociação e favorece a conquista de descontos.
O uso inclui reformas e eliminação de dívidas
Embora o consórcio de imóveis seja muito utilizado para a compra, essa não é a única alternativa. Dá para utilizá-lo para reformar e até para acabar com as dívidas de um imóvel.
O FGTS pode ser usado
Além disso, dá para recorrer ao FGTS para amortizar o valor, diminuir as parcelas ou dar lances. Para quem recebe um bom montante, é a chance de completar a aquisição da casa própria.
Quais são as desvantagens do consórcio?
Apesar dos benefícios, não dá para ignorar os aspectos negativos. Conhecer o que não é tão bom é importante para que você tome uma decisão informada. Afinal, nada melhor que saber o que está fazendo, certo?
Por isso, descubra alguns pontos de atenção sobre o consórcio imobiliário:
Outros investimentos são mais rentáveis
Embora seja uma forma de guardar dinheiro, há outras alternativas mais vantajosas. Investir esse total em títulos públicos ou privados oferece maior rendimento, por exemplo.
As taxas são altas para poupar
Ao observar o funcionamento do consórcio de imóveis, você nota que, na prática, paga para economizar. Com disciplina, é possível guardar a mesma quantia e não ter que desembolsar nada por isso.
O valor das parcelas pode aumentar com o tempo
Ao longo da duração do grupo, as parcelas podem ficar maiores. O reajuste acontece, principalmente, pelo INCC. É algo que impede a perda de poder de compra da carta de crédito, mas amplia os custos. Além disso, um número alto de inadimplentes eleva a cobrança para que seja possível manter os sorteios.
O pagamento continua após a contemplação
Muita gente se esquece disso, mas a contemplação não encerra as obrigações com o consórcio. Se ainda há parcelas a serem pagas, você deve quitar toda a dívida para que o imóvel deixe de estar alienado.
A sorte é imprevisível
Como dissemos anteriormente, depender apenas da sorte faz com que tudo seja um pouco imprevisível. Assim, não dá para saber quando ocorrerá a contemplação.
Financiamento imobiliário x consórcio imobiliário
Além do consórcio, há outra forma de aquisição de imóvel bastante conhecida: o financiamento. Ele consiste em diluir o valor de compra em várias parcelas. Pode durar de 20 a 35 anos e tem a cobrança de juros.
Quanto às parcelas, há diferentes tipos de amortização. Há financiamentos que começam mais caros e terminam mais baratos, enquanto outros têm custos constantes.
É um mito pensar que os consórcios são menos exigentes com a análise de crédito. Todas as instituições querem ter garantias mínimas, então é preciso apresentar certas condições. Mesmo nos financiamentos, esse estudo se tornou mais simples, atualmente.
A maior vantagem do financiamento é que é possível dar início ao processo e já se mudar. Para quem mora de aluguel, é uma chance de usar o valor pago mensalmente para adquirir o próprio imóvel.
Além de tudo, o financiamento pode trazer um nível maior de segurança.
Grandes bancos e construtoras, normalmente, oferecem linhas confiáveis e reconhecidas. Já nos consórcios, há algumas empresas fraudulentas. De qualquer maneira, é sempre importante ficar de olho e checar a idoneidade da instituição e da solução.
Afinal, qual a melhor forma de comprar um imóvel?
A resposta para esta pergunta é individual. O ideal é analisar a sua realidade, suas condições e suas expectativas.
Quem precisa se mudar rapidamente deve optar pelo financiamento. Já quem puder esperar e quiser pagar um valor final menor, pode escolher o consórcio de imóveis. Há muitas situações em que uma solução se destaca em relação à outra.
O importante mesmo é ter cuidado com a decisão. Em ambos os casos, o imóvel é a garantia para a empresa. Então, é essencial evitar o acúmulo de dívidas, pois, isso leva à inadimplência e à perda do bem.
Portanto, analise com clareza. Antes de assumir qualquer compromisso financeiro, informe-se e faça um bom planejamento. Com o seu sonho em jogo, o ideal é consultar especialistas — e nós da LAR Imóveis estamos sempre dispostos a ajudar!
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